Como Investir nos Estados Unidos em 2025: Guia Completo para Brasileiros

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Investir nos Estados Unidos é o sonho de muitos brasileiros que buscam diversificação, proteção cambial e acesso aos maiores mercados do mundo. Com a globalização dos investimentos e o avanço das fintechs, esse objetivo está cada vez mais ao alcance de todos — inclusive com valores acessíveis.

Neste artigo, você vai descobrir como investir nos EUA mesmo morando no Brasil, quais são os principais tipos de ativos disponíveis, os benefícios e riscos, além de dicas práticas para começar com segurança e estratégia.

🌎 Por que investir nos Estados Unidos?

Investir nos EUA oferece vantagens únicas:

  • Acesso a empresas globais como Apple, Microsoft, Google e Tesla

  • Economia mais estável, com moeda forte (dólar)

  • Maior mercado financeiro do mundo, com liquidez altíssima

  • Diversificação internacional e proteção contra instabilidades locais

  • Possibilidade de investir em ativos inovadores, como ETFs temáticos, REITs e startups

📋 É possível investir nos EUA sendo brasileiro?

Sim! Existem basicamente duas formas de brasileiros investirem nos Estados Unidos:

1. Investindo por uma corretora brasileira com acesso a ativos internacionais

  • Algumas corretoras nacionais oferecem BDRs (Brazilian Depositary Receipts), ETFs internacionais e fundos com exposição ao exterior.

  • Exemplos: XP, BTG, Rico, NuInvest.

Vantagem: simplicidade, já que tudo é feito em reais.
Desvantagem: menor variedade de ativos e exposição indireta ao dólar.

2. Abrindo conta em uma corretora americana

  • É a forma mais completa e direta de investir nos EUA.

  • Corretoras como Passfolio (agora parte da Sproutfi), Stake, Interactive Brokers, TD Ameritrade e Charles Schwab permitem abertura de conta por não residentes.

Vantagem: acesso completo ao mercado americano, com milhares de ações, REITs, ETFs e outros ativos.
Desvantagem: exige envio de documentos e declaração de impostos específicos.

🧾 Documentos necessários para abrir conta em corretora americana

Mesmo sendo estrangeiro, você pode abrir conta em corretoras americanas com os seguintes documentos:

  • Passaporte válido

  • Comprovante de residência (no Brasil)

  • Número de CPF

  • Preenchimento do formulário W-8BEN (obriga o investidor a pagar impostos como estrangeiro nos EUA)

💰 Quanto é necessário para começar?

Com corretoras digitais como a Sproutfi ou a Stake, é possível começar a investir com apenas 1 dólar.

No caso da Interactive Brokers, o valor mínimo pode variar conforme o tipo de conta, mas também é acessível.

Além disso, é possível comprar ações fracionadas (fractional shares), ou seja, investir em parte de uma ação da Amazon ou Google, por exemplo.

📊 Quais são os principais investimentos disponíveis nos EUA?

1. Ações (Stocks)

Empresas listadas na NYSE ou NASDAQ, como Apple, Tesla, Meta, Netflix, etc. É o tipo de ativo mais conhecido.

2. ETFs (Exchange-Traded Funds)

Fundos negociados na bolsa que replicam índices como o S&P 500 (SPY) ou setores específicos como tecnologia, energia limpa, saúde e criptomoedas.

Exemplo: VOO (ETF da Vanguard que replica o S&P 500), QQQ (Nasdaq 100)

3. REITs (Real Estate Investment Trusts)

Fundos imobiliários que investem em imóveis comerciais nos EUA, com rendimentos periódicos.

Exemplo: Realty Income (O), American Tower (AMT)

4. Títulos públicos americanos (Treasuries)

Investimentos em títulos emitidos pelo Tesouro Americano, com vencimentos variados e alta segurança.

5. Criptomoedas

Muitas corretoras americanas oferecem acesso direto a criptomoedas como Bitcoin e Ethereum.

6. Startups e crowdfunding

Algumas plataformas, como a SeedInvest e a Republic, permitem investir em startups dos EUA com aportes mínimos.

🧠 Dicas para investir nos EUA com mais inteligência

1. Cuidado com o câmbio

Você vai investir em dólar. Fique atento à cotação do dia e use plataformas com melhores taxas de conversão ou que aceitem remessa via TransferWise, Remessa Online ou Western Union.

2. Diversifique sua carteira

Não concentre tudo em uma única ação. Misture ações, ETFs e REITs para equilibrar risco e retorno.

3. Pense no longo prazo

Investimentos nos EUA são poderosos em rentabilidade, mas exigem paciência. Aposte em ativos com fundamentos sólidos.

4. Fique atento à tributação

  • O Brasil possui acordo com os EUA que evita bitributação.

  • Rendimentos como dividendos são taxados em 30% na fonte para estrangeiros.

  • Ganhos de capital (lucros de venda) precisam ser declarados no Brasil, mas têm isenção de IR até R$ 35 mil/mês.

5. Use corretoras com boa reputação

Pesquise sobre taxas ocultas, suporte em português e proteção dos fundos pelo SIPC (equivalente ao FGC americano).

⚠️ Quais os riscos de investir nos EUA?

Investir nos Estados Unidos traz oportunidades, mas também envolve riscos importantes:

1. Risco cambial

Se o dólar cair, o valor dos seus investimentos também pode cair em reais — mesmo que tenham valorizado em dólares.

2. Risco de mercado

Assim como no Brasil, ações e ETFs nos EUA estão sujeitos a oscilações, crises e instabilidade.

3. Risco regulatório

Mudanças na política fiscal, taxa de juros americana ou em regulações do mercado podem afetar os investimentos.

4. Risco de corretora

Escolher uma corretora não confiável ou com baixa proteção ao cliente pode gerar prejuízos. Priorize instituições reguladas e conhecidas.

🔍 Curiosidades sobre o mercado americano

  • A Bolsa de Nova York (NYSE) foi fundada em 1792, sendo a mais antiga em operação do mundo.

  • O índice S&P 500 representa cerca de 80% do valor de mercado de todas as ações americanas.

  • O investidor brasileiro pode herdar regras específicas de sucessão patrimonial ao investir nos EUA, o que exige planejamento sucessório.

  • Warren Buffett, o maior investidor do mundo, fez sua primeira compra de ações aos 11 anos — no mercado americano.

📈 Exemplo de carteira básica de investimentos nos EUA

Uma sugestão equilibrada para quem está começando:

  • 40% ETFs amplos (ex: VOO ou SPY)

  • 20% ações de tecnologia (ex: AAPL, MSFT, AMZN)

  • 20% REITs (ex: O, VNQ)

  • 10% renda fixa americana (Treasuries de curto prazo)

  • 10% reserva em dólar ou fundos cambiais

🧭 Conclusão: vale a pena investir nos Estados Unidos?

Sim, especialmente se você busca diversificação, proteção cambial, acesso a empresas globais e maior segurança econômica. Investir nos EUA permite ampliar horizontes e expor seu patrimônio a um mercado mais maduro, eficiente e estável.

Com boas escolhas, planejamento e conhecimento, é possível construir uma carteira sólida em dólar e alcançar a tão sonhada liberdade financeira global.